domingo, 8 de junho de 2014

Confiança

Então hoje vou falar sobre confiança, conversando ontem com uma amiga me veio este tema.


Confiança de acordo com o dicionario s.f. Esperança firme em alguém, em alguma coisa: ter confiança no futuro.

Sentimento de segurança, de certeza, tranquilidade, sossego daquele que confia na probidade de alguém: perder a confiança do chefe.
Segurança: não ter confiança em si.
Crédito: homem de confiança.
Dar confiança, dar importância a alguém, permitir intimidade.
Voto de confiança, no regime parlamentar, aprovação dada à política do governo pela maioria do Parlamento.

Uma palavra com sentido muito amplo, mas que, deve estar presente no nosso dia a dia, praticamente tudo precisamos de confiança. 
Confiança no motorista de ônibus para que dirija com prudencia, confiança na pessoa que está ao seu lado, etc, etc... Mas se pararmos pra ver confiamos em coisas básicas ou as vezes somente porque precisamos confiar, mas, quando analisamos a sociedade e vida hoje vemos que as pessoas não tem confiança mais na vida. Simplesmente vivem a vida sem acreditar nas pessoas, no mundo. E as palavras, promessas, sentimentos se tornam vazios devido a falta dessa confiança. Por isso relacionamentos se baseiam em algo que não tem consistência, famílias se despedaçam por não terem confiança em seus próprios membros. Hoje não confiamos nem em nós mesmos mais. E o que estamos fazendo para mudar isso? Nada. 
Hoje precisamos repensar o ser humano, para confiar, para termos confiança nos outros no que dizem? Precisamos confiar em nós mesmos, aceitar as nossas fraquezas e debilidades, nossos complexos e defeitos, e passar a tentar muda-los, a partir dai poderemos ver esses mesmos erros nos outros saberemos até onde "poderemos ir", precisamos aceitar que a vida é um jogo de confiança, se confio no outro posso me entregar completamente e inteiramente sem medo. A falta de confiança se torna medo.Para começar onde poderemos começar a ter esta confiança? Em Deus.
Somente quando confiarmos em Deus podemos confiar em nós mesmos e acreditar que podemos ser melhores porque Deus confia e acredita que podemos ser melhores, que podemos mudar. Deus acredita que podemos ser melhores, se Deus acredita que podemos confiar em nós mesmos porque não podemos acreditar no outro? 
Devemos evitar que nossas palavras se tornem vazias, pois, se nossa palavras não tiverem sentimentos serão sempre palavras. Devemos mostrar com palavras, gestos e atitudes que podemos ser melhores e dignos de confiança. A partir dai poderemos começar a mudar o idealismo dos outros. As vezes devemos deixar nossas ideologias e acreditar que o outro pode ser melhor para você e em sua vida.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Lições da Sagrada Família Por (Prof. Felipe Aquino)


A família é uma realidade sagrada
O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.
O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47).
Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão.
Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.
Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:
“O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2).
Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, e não uma união homossexual que dá origem a uma falsa família.
“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).

A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.
Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.
José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.
Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.
A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.
As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, seqüestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.
Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?
Como será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.
A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.