sábado, 28 de fevereiro de 2015

Ausência de Deus

Muitas vezes em nossas vidas sentimos um vazio, como se estivesse faltando algo em nós, algo na nossa vida, algo que preenchesse esse vazio que trouxesse alegria, animo e esperança. Esse vazio é a ausência de Deus, não que Deus nos abandone (Deus nunca nos abandona), mas essa ausência é causada por nós mesmos, quando nos afastamos de Deus, e sentimos este vazio pois não aceitamos Deus na nossa historia.

Há momentos da vida que nos sentimos sozinhos, rodeados de amigos de longa data, familiares, pessoas que amamos fazendo coisas que amamos e que deveriam trazer a felicidade e preencher esse vazio que muitas vezes sentimos e não sabemos o porque temos esse vazio, pois, para nós a nossa vida é boa, estamos trabalhando, nos divertindo, curtindo a vida e mesmo assim parece que não estamos felizes, parece que não estamos completos, dai buscamos essa felicidade em varias coisas geralmente naquilo que nos afasta de Deus, nas bebidas, nos prazeres da vida, nas alegrias passageiras, e sempre nos tornamos mais solitários e vazios. 

E isso faz com que nos afastemos ainda mais de Deus, e esse vazio pode trazer serias consequências para nossa vida tanto espiritual, quanto, física o que quero dizer que esse pequeno vazio que sente hoje pode ser tornar uma depressão, a doença do seculo, quantas pessoas hoje não sofrem com esta doença e não sabe que sofrem? Pessoas que tem a vida "Perfeita", boa família, bom carro, casa, amigos, viagens, etc, etc... E mesmo assim acabamo sofrendo dessa doença, que começa com um vazio e depois vai se tornando maior e maior, cada dia se afastando mais e mais de Deus. Esse vazio é provocado por nossos pecados, e isso faz que nos afundemos cada vez mais neles e assim criando um vazio imenso nas nossas vidas. Na maioria das vezes não falamos com ninguém sobre este vazio e enfrentamos tudo sozinhos, literalmente. 

Se não tivermos força de vontade e principalmente fé, de que somente Deus é capaz de preencher os vazios que existem em sua vida, que somente Deus tem a força necessária para te tirar dessa situação, que somente se reconciliando com Deus e buscando estar na presença dela, buscando ter intimidade com ele que conseguimos preencher esse vazio. Não busque preencher o vazio do seu coração com coisas do Mundo, preencha-o com Deus, Pois, só Deus pode preenche-lo completamente e plenamente. Agora se o vazio do seu coração já é tão grande que se tornou uma depressão, antes de tudo precisa aceitar que esta doente, que precisa de ajuda, Você não conseguir somente com a sua força de vontade, busque ajuda, especialistas e se apoie em Deus. 

domingo, 8 de junho de 2014

Confiança

Então hoje vou falar sobre confiança, conversando ontem com uma amiga me veio este tema.


Confiança de acordo com o dicionario s.f. Esperança firme em alguém, em alguma coisa: ter confiança no futuro.

Sentimento de segurança, de certeza, tranquilidade, sossego daquele que confia na probidade de alguém: perder a confiança do chefe.
Segurança: não ter confiança em si.
Crédito: homem de confiança.
Dar confiança, dar importância a alguém, permitir intimidade.
Voto de confiança, no regime parlamentar, aprovação dada à política do governo pela maioria do Parlamento.

Uma palavra com sentido muito amplo, mas que, deve estar presente no nosso dia a dia, praticamente tudo precisamos de confiança. 
Confiança no motorista de ônibus para que dirija com prudencia, confiança na pessoa que está ao seu lado, etc, etc... Mas se pararmos pra ver confiamos em coisas básicas ou as vezes somente porque precisamos confiar, mas, quando analisamos a sociedade e vida hoje vemos que as pessoas não tem confiança mais na vida. Simplesmente vivem a vida sem acreditar nas pessoas, no mundo. E as palavras, promessas, sentimentos se tornam vazios devido a falta dessa confiança. Por isso relacionamentos se baseiam em algo que não tem consistência, famílias se despedaçam por não terem confiança em seus próprios membros. Hoje não confiamos nem em nós mesmos mais. E o que estamos fazendo para mudar isso? Nada. 
Hoje precisamos repensar o ser humano, para confiar, para termos confiança nos outros no que dizem? Precisamos confiar em nós mesmos, aceitar as nossas fraquezas e debilidades, nossos complexos e defeitos, e passar a tentar muda-los, a partir dai poderemos ver esses mesmos erros nos outros saberemos até onde "poderemos ir", precisamos aceitar que a vida é um jogo de confiança, se confio no outro posso me entregar completamente e inteiramente sem medo. A falta de confiança se torna medo.Para começar onde poderemos começar a ter esta confiança? Em Deus.
Somente quando confiarmos em Deus podemos confiar em nós mesmos e acreditar que podemos ser melhores porque Deus confia e acredita que podemos ser melhores, que podemos mudar. Deus acredita que podemos ser melhores, se Deus acredita que podemos confiar em nós mesmos porque não podemos acreditar no outro? 
Devemos evitar que nossas palavras se tornem vazias, pois, se nossa palavras não tiverem sentimentos serão sempre palavras. Devemos mostrar com palavras, gestos e atitudes que podemos ser melhores e dignos de confiança. A partir dai poderemos começar a mudar o idealismo dos outros. As vezes devemos deixar nossas ideologias e acreditar que o outro pode ser melhor para você e em sua vida.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Lições da Sagrada Família Por (Prof. Felipe Aquino)


A família é uma realidade sagrada
O Papa João Paulo II, na Carta às Famílias, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como que de uma nascente sagrada, e é cultivada e formada. É missão sagrada da família: guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.
O Concílio Vaticano II já a tinha chamado de “a Igreja doméstica” (LG, 11) na qual Deus reside, é reconhecido, amado, adorado e servido; nele também foi ensinado que: “A salvação da pessoa e da sociedade humana estão intimamente ligadas à condição feliz da comunidade conjugal e familiar” (GS, 47).
Jesus habita com a família cristã. A presença do Senhor nas Bodas de Caná da Galiléia significa que o Senhor “quer estar no meio da família”, ajudando-a a vencer todos os seus desafios; e Nossa Senhora ali o acompanha com a sua materna intercessão.
Desde que Deus desejou criar o homem e a mulher “à sua imagem e semelhança” (Gen 1,26), Ele os quis “em família”. Por isso, a família é uma realidade sagrada. Jesus começou sua missão redentora da humanidade na Família de Nazaré. A primeira realidade humana que Ele quis resgatar foi a família; Ele não teve um pai natural aqui, mas quis ter um pai adotivo, quis ter uma família, e viveu nela trinta anos. Isso é muito significativo. Com a presença d’Ele na família – Ele sagrou todas as famílias.
Conta-nos São Lucas que após o encontro do Senhor no Templo, eles voltaram para Nazaré “e Ele lhes era submisso” (cf. Lc 2,51). A primeira lição que Jesus nos deixou na família é a de que os filhos devem obedecer aos pais, cumprindo bem o Quarto Mandamento da Lei. Assim se expressou o Papa João Paulo II:
“O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, ‘Deus de Deus, Luz da Luz’, entrou na história dos homens através da família” (CF, 2).
Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC, 2205). E na sua mensagem de Paz, do primeiro dia do Ano Novo (2008) o Papa Bento XVI deixou claro que sem a família não pode haver paz no mundo. E o Papa fez questão de ressaltar que família é somente aquela que surge da união de um homem com uma mulher, unidos para sempre, e não uma união homossexual que dá origem a uma falsa família.
“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC, 2207).

A Família de Nazaré sempre foi e sempre será o modelo para todas as famílias cristãs. Acima de tudo, vemos uma família que vive por Deus e para Deus; o seu projeto é fazer a vontade de Deus. A Sagrada Família é a escola das virtudes por meio da qual toda pessoa deve aprender e viver desde o lar.
Maria é a mulher docemente submissa a Deus e a José, inteiramente a serviço do Reino de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a sua palavra” (Lc 1,38). A vontade dela é a vontade de Deus; o plano dela é o plano de Deus. Viveu toda a sua vida dedicada ao Menino Deus, depois ao Filho, Redentor dos homens, e, por fim, ao serviço da Igreja, a qual o Redentor instituiu para levar a salvação a todos os homens.
José era o pai e esposo fiel e trabalhador, homem “justo” (Mt 1, 19), homem santo, pronto a ouvir a voz de Deus e cumpri-la sem demora. Foi o defensor do Menino e da Mãe, os tesouros maiores de Deus na Terra. Com o trabalho humilde de carpinteiro deu sustento à Família de Deus, deixando-nos a lição fundamental da importância do trabalho, qualquer que seja este.
Em vez de escolher um pai letrado e erudito para Jesus, Deus escolheu um pai pobre, humilde, santo e trabalhador braçal. José foi o homem puro, que soube respeitar o voto perpétuo de virgindade de sua esposa, segundo os desígnios misteriosos de Deus.
A Família de Nazaré é para nós, hoje, mais do que nunca, modelo de unidade, amor e fidelidade. Mais do que nunca a família hoje está sendo destruída em sua identidade e em seus valores. Surge já uma “nova família” que nada tem a ver com a família de Deus e com a Família de Nazaré.
As mazelas de nossa sociedade –, especialmente as que se referem aos nossos jovens: crimes, roubos, assaltos, seqüestros, bebedeiras, drogas, homossexualismo, lesbianismo, enfim, os graves problemas morais e sociais que enfrentamos, – têm a sua razão mais profunda na desagregação familiar a que hoje assistimos, face à gravíssima decadência moral da sociedade.
Como será possível, num contexto de imoralidade, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada e uma vida digna, com esperança?
Como será possível construir uma sociedade forte e sólida onde há milhares de “órfãos de pais vivos”? Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem dos casais que se separam, destruindo as famílias e gerando toda sorte de sofrimento para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva para sempre.
A Família de Nazaré ensina ainda hoje que a família desses nossos tempos pós-modernos só poderá se reencontrar e salvar a sociedade se souber olhar para a Sagrada Família e copiar o seu modo de vida: serviçal, religioso, moral, trabalhador, simples, humilde, amoroso… Sem isso, não haverá verdadeira família e sociedade feliz.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que é SER Humano?


Queria falar pra vocês hoje sobre a humanidade, Visto que Cristo tinha as duas Naturezas, a divina e a humana, mais pra frente eu falo um pouco disso. Olhando o mundo vejo que o homem perdeu a sua humanidade, perdemos nossa essência, vivemos num mundo egoísta e nos tornamos mais egoístas com passar do tempo. Nos perdemos em nós mesmos, perdemos aquela cordialidade, um bom dia, uma boa tarde está sempre correndo e esquecemos-nos da gentileza, em minha opinião, hoje o ditado “gentileza gera gentileza" está praticamente falido, pois, se fizer uma gentileza, vai chegar atrasado, vai roubar sem tempo. 
Não só na nossa vida cotidiana perdemos nossa natureza humana, no aspecto religioso também, muitas pessoas hoje se preocupa tanto em cuidar do seu lado espiritual, de buscar a Deus, que se esquece que Cristo nos deixou o exemplo, ele era intimo do PAI, mas, nunca deixou sua natureza humana de lado. Como Diz são Tiago, a Fé sem obras é morta, então, do que me adianta, estar 24 horas o dia todo dentro da igreja rezando, agradecendo a Deus, se no primeiro minuto que saio não vejo Cristo nos meus irmãos. É uma religiosidade hipócrita, (também me incluo dentro deste grupo), não adianta buscar a Deus, limpar tua alma se teu corpo esta sujo vamos trabalhar tanto nosso lado espiritual, quanto o nosso lado Humano. 
Ontem refletimos no evangelho a parábola do filho pródigo, quem nós somos? O filho mais novo, que esbanja, sai pro mundo e se arrepende e volta aos braços do pai, ou, aquele filho que está o "tempo todo" junto do pai, mas, espera reconhecimento, que está junto do pai somente pela lei. Onde nós estamos? Como nós aproximar mais de Deus?
O santo padre o Papa Francisco em sua visita ao Brasil, disse: "Não importa quem alimente quem tem fome, é preciso que seja alimentado não importa se seja protestante, espirita ou budista." Isso só mostra que a igreja busca essa fé viva, com obras, o lado humano que se importa com o ser humano. Eu diria que ser humano é Amar, pois Cristo amou os homens como Deus e como homem.

sábado, 11 de maio de 2013

Eu Sou Eterno

Quando falamos de morte, todos já ficam meio assim, nossa que tema para se falar, ficar falando de coisas ruins, que lembram que nós perdemos, lembranças tristes. 
Mas esquecemos que a morte é algo na natural na vida do ser humano, nascemos, crescemos, somos felizes, construímos nossas vidas, buscamos nossos objetivos, envelhecemos, alcançamos ou não os nossos objetivos e com o tempo nossa vida se esvai. Essa é a lei natural criada por Deus, fomos criados por Deus para o mundo para seguirmos essa ordem, e depois seguimos essa lei natural voltamos para Deus. Mas, nem sempre essa ordem natural, acontece, pessoas se vão abruptamente, de repente, antes de viver as etapas da vida, são desígnios de Deus, talvez esta pessoa já tenha realizado o projeto que foi traçado para a sua vida. Ou então por causa do livre arbítrio, as pessoas acabam tomando atitudes que não estão dentro desses designios, Deus traça uma linha para a nossa vida, mas, cabe a cada um de nós decidir se seguiremos a vontade de Deus, em nossas vidas. Será se somos eternos?
Deus criou o homem para o mundo, para que, um dia retornasse para Deus. Se o objetivo de Deus é ter a cada um de nós em sua presença, o homem foi feito para a eternidade. Por esta razão desde a antiguidade, o homem busca por essa tal eternidade. Se pararmos para ver, quantas historias de poção da juventude, a água que rejuvenesce, fonte da juventude e por ai, vemos que o ser humano anseia pela eternidade, anseia por aquilo que não tem fim. Pois, fomos criados finitos, com o desejo de infinito. Ou seja, nossa carne não é eterna, mas buscamos essa eternidade. 
Mas como alcançamos essa eternidade? Somente em Deus, que é eterno, fiel e misericordioso. Ele nos dá todos os dias a oportunidade de estar ao lado dele. Como alcançamos a Deus? Como tomaremos posse dessa eternidade? Primeiro de tudo, morrendo, Literalmente. Mas antes também temos que morrer, morrer, para as nossas vontades e desejos e simplesmente fazer a vontade de Deus. Só assim verdadeiramente encontraremos a eternidade. Por que o ser humano busca incessantemente a Felicidade. Ou seja, queremos ser felizes eternamente, Se não seguirmos esses passos simples, porém, dificeis talvez não consigamos a felicidade eterna, que somente acontece e existe ao lado de Deus. Então, supere suas tristezas, suas angustias, suas saudades das pessoas que se foram, e acreditem que elas alcançaram a felicidade eterna ao lado de Deus. Eu sei que é facil falar, só quem perdeu é que sabe a dor de se perder alguém querido, e importante na vida. Mas precisamos ter forças para superar, para que, também um dia possamos alcançar a felicidade.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Alianças

Olá como estão vocês?! Este é o meu primeiro texto deste ano... To meio atrasado, mas enfim, vamos voltar as atividades do blog.

Hoje queria falar de modo especial ao meus catequisandos de Crisma I, domingo falamos sobre fé revelada e fé humana. Dentro deste tema entram as alianças que Deus fez com o homem.

Quando o homem pecou e se afastou da Graça de Deus, (Adão e Eva), o mundo entrou em completo caos e se perdeu dentro de seu egoismo. Que é o pecado. Vendo isso Deus viu que tudo o que tinha feito estava sendo desperdiçado pela sua própria criação. E tomou uma decisão radical, extiguir tudo e todas começando por Sodoma e Gomorra. Mas em seu amor infinito Deus fez aliança com noé e poupou sua família e um casal de animais de cada especie. Esta foi a primeira tentativa de aliança que
Deus fez com o homem. No começo o homem aceitou e viveu plenamente a aliança com Deus, mas aos poucos foi se esquecendo de Deus e de seus preceitos.
Então Deus faz aliança com Abraão, nosso pai na fé, homem velho de sem filhos e sem um futuro. Acredita em Deus com toda a sua força e coração, e Deus se mostra fiel, como sempre nas alianças que faz com os homens. Mas, o homem não é fiel na promessas que faz.
São alianças porque não deveriam ter fim, devem ser eternas, mas o homem sempre quebra essas alianças. Mas mesmo assim Deus renova e acredita que o homem pode realmente ser fiel, pode realmente mostrar o potencial que lhe foi dados de amar.
Vem a aliança com Moisés, onde o povo é escravo do Egito, ou como gosto de pensar que era escravo de Sí mesmo. Moisés liberta o povo, da escravidão e mostra que Deus providencia todo o necessário. Mas o homem não se conforma com isso. Mas Deus continua mantendo sua palavra liberta o povo. Mas, ainda o povo não aceita.
Em sua benevolencia Deus faz a ultima e derradeira aliança com o homem, só Deus poderia realmente viver e cumprir sua promessa até o fim, então, Deus se faz carne e habita em nosso meio, e é realizada a maior e mais importante aliança que Deus poderia fazer com o homem. Uma aliança de sofrimento, com a morte e ressurreição do seu filho. E esta aliança se concretizou, hoje, Deus não precisa mais fazer alianças conosco pois, em sua ultima aliança todos os pecados, todos os erros, foram justificado no sangue do cordeiro.
Devemos então viver esta aliança verdadeiramente e não sermos infieis, que possamos mostrar que podemos ser melhores, que podemos mudar, que podemos amar. Pois o homem nasceu para amar. Por  isso, Deus insiste tanto em nos salvar, porque, somos a sua imagem e semelhança então somos a imagem do amor. Mesmo que muitas vezes, não saibamos amar, ou que, pelas desgraças que tem acontecido em nosso mundo, devemos ter a certeza que Deus nos ama, e nos quer bem. Por isso hoje, nós devemos buscar a Deus, procurar fazer alianças com Deus, pois, só ele pode cumprir. Vamos continuar esperando que Deus venha ao nosso encontro? Vamos mudar isso e vamos ao encontro do Pai.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MARIA NÃO É OBSTÁCULO MAS OPORTUNIDADE PARA O DIÁLOGO ECUMÊNICO


Reflexões à margem da "Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos"


ROMA, quarta-feira 25 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) .- Uma leitura da figura de Maria Santíssima, sem dúvida interessante, pelas ricas e articuladas implicações que inevitavelmente sugere, é aquela “eclesial”. Também atendo-nos estritamente ao dado bíblico, é evidente como a sua experiência, única, de Deus, a sua particularíssima relação com o Altíssimo – cuja Palavra, expressão da Vontade divina, se torna o critério fundamental da sua vida e das suas escolhas – nunca se resolvem somente no mistério do seu Coração, mas se expandem, envolvendo o seu “próximo”: seja o esposo, São José; Isabel e a sua família; os Pastores; os anciãos Simeão e Ana; os esposos de Caná.
O "Evangelho da Infância", como nos foi narrado por Mateus e Lucas, insiste neste caráter “eclesial” da Virgem, que, quase por instinto espiritual, por uma particular moção do Espírito, é levada sempre à unidade, a buscar constantemente novos motivos e canais de diálogo na Fé, estendendo os confins da sua caridade a todos aqueles que Jahweh faz entrar no seu caminho. É Mulher de comunhão, promotora infatigável daqueles laços no Espírito que não remontam nem à carne e nem ao sangue, mas que encontram somente em Deus a sua origem e a sua fonte (cf. Jo 1,13).
A Mãe de Deus, em toda parte, promove a realização daquela dimensão nova, inaugurada pela Encarnação e oficialmente promovida pelo mesmo Cristo, que chama os seus discípulos antes de mais nada a estar com Ele (cf. Mc 3,14), para compartilhar sua vida num seguimento sempre mais exigente e radical. Nesta nova “geração no Espírito” é colocada a Virgem Santa. Cada ícone Evangélico mariano oferece como uma nova perspectiva para compreender o mistério de Cristo e da Igreja, contemplado por ângulos diferentes.
Na anunciação o cenário não se restringe somente ao colóquio com o Anjo, mas rapidamente abre-se a dimensões universais: Aquele que nascerá será portanto santo e chamado Filho do Altíssimo. O que acontece no segredo do Coração e na reserva dos muros domésticos tem imediatamente um reflexo universal, que transcende os limites estreitos da "privacidade", para tornar-se património de todos, referência perene e paradigma para o discípulo do Senhor. Cada gesto, cada moção, cada desejo do Coração Imaculado são por isso “eclesiais”, contribuem para fazer crescer na Fé o povo de Deus, que, de geração em geração, teria atraído luz e Graça dos mistérios vividos pela Virgem. A visitação nos oferece uma imagem vivaz, concreta e "famíliar" de Igreja, que parece realizar plenamente as palavras de Jesus: onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles (cf. Mt 18,20 ). No meio, entre as duas mulheres, está o Filho de Deus, cuja presença é sentida por Isabel – donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? – E de João que exulta de alegria messiânica no seio materno.
Este não é certamente o lugar para rever todos os inumeráveis passos do Evangelho, que testemunham, numa luz sempre nova, a relação inseparável entre o mistério da Virgem e o mistério da Igreja: basta pensar em Caná, na Cruz, na "vida pública" do Senhor. Qualquer referência evangélica – que identifica Maria como a discípula por excelência, a Filha de Sião, a Arca da Aliança – confirma a riqueza surpreendente de temas e de tons, que ajudam a esclarecer e aprofundar o nexo vital e indispensável de Maria com a comunidade cristã.
Com base nestas observações simples, a pessoa de Maria Santíssima, ao invés de ser quase um obstáculo ao diálogo ecuménico, pelo contrário parece abrir novos caminhos de coesão e de comunhão entre os crentes em Cristo.
Outra razão parece confirmar essa "descoberta" elementar: a descoberta, no coração e na vida, de uma sincera "paixão ecuménica", sobretudo naqueles que cultivaram uma especial devoção mariana. Vem imediatamente à mente o exemplo de João Paulo II, apóstolo incansável do diálogo, promotor de encontro e de relação com todas as Igrejas e consagrado a Deus pelas mãos de Maria Santíssima. O amor filial por Ela aumentou a sensibilidade ecumênica do Pontífice, que percorreu caminhos sempre novos de comunhão e reconciliação, oferecendo gestos de amizade, de disponibilidade, de perdão. A expressão "Totus tuus" significa a total adesão aos desejos da Virgem Maria, não menos importante, da unidade de todos os discípulos de Cristo, ou seja de todos os seus filhos.
Os atos dos Apóstolos começam com o famoso ícone da Virgem Maria, assídua na oração com os apóstolos e com os "irmãos" de Jesus (cf. At 1,14). Parafraseando a expressão e estendendo-a para além dos limites do estreito “parentesco” carnal de Cristo, podemos tomá-la como um renovado desejo de plena comunhão entre os crentes: apesar de "separados", permanecem irmãos do Senhor, em virtude da mesma fé no Ressuscitado e daquela original participação na Igreja nascente, cuja Mãe está presente, com a missão particular de favorecer a caridade e de interceder sem cessar o dom do Espírito.
É claro, os passos a serem dados ainda são muitos: por isso mesmo, mais ainda, nós confiamos naquela materna intercessão, que reconduza a Igreja à primitiva unidade e faça realmente dos cristãos "um só coração e uma só alma" (cf. Atos 4, 32), como a comunidade de Jerusalém há 2000 anos atrás.
Pe Mario Piatti, icms
[Tradução TS]